31 de março de 2011

A MAIOR FLOR DO MUNDO

"E se as histórias para crianças fossem de leitura obrigatória para os adultos? Seriamos realmente capazes de aprender aquilo que há tanto tempo ensinamos?" (José Saramago)

Todos os rapazes são gatos, by 8ºA

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O Gato Malhado em cena

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29 de março de 2011

UM RECADO...

AQUELES...




"AQUELES QUE PASSAM POR NÓS, NÃO VÃO SÓS, NÃO NOS DEIXAM SÓS.
DEIXAM UM POUCO DE SI, LEVAM UM POUCO DE NÓS." Antoine de Saint-Exupéry

23 de março de 2011

EU NÃO SEI QUEM TE PERDEU

Quando as palavras voam e ganham a altitude que o poeta lhes dá...

22 de março de 2011

O TEMPO...


"O tempo não espera por ninguém. Ontem é história. O amanhã é um mistério. O hoje é uma dádiva, por isso é chamado de presente."

Adalberto Gody

HOLLYWOOD, MICHAEL BUBLE

BALANÇAR...

DÁ-ME UM ABRAÇO

CÂNTICO NEGRO, JOSÉ RÉGIO

POEMA






UM POEMA É UMA EXPLOSÃO DE SENTIMENTOS QUE SE PARTILHA ESPONTANEAMENTE.

17 de março de 2011

PENSAMENTO DO DIA



"O CORAÇÃO tem RAZÕES que a RAZÃO desconhece." Pascal

AMIGA APRENDIZ



Era uma vez um menino
Que estava sempre isolado
Nunca sorria,
Estava sempre zangado

Ele gostava de sonhar
E o seu maior sonho
Era com um amigo
Um dia poder brincar.

Um dia decidiu que
Ia mudar
Talvez assim
Num grupo de amigos
Conseguisse entrar.

Mudou tanto
Que até começou a mentir
E pensava para si:
- Ninguém há de descobrir.

Conseguiu fazer amigos
É verdade,
Mas as suas mentiras
iam tendo cada vez mais gravidade.

- O meu pai dá-me tudo
é só pedir
Sou um grande sortudo.
- dizia ele.

Num dia dizia
Que vinha de autocarro
E no outro
Que os pais tinham um grande carro.

Certo dia disse que tinha
Um grande casarão
Os amigos quiseram ir ver.
Foi aí que começou a confusão.


Esqueceu-se que vivia num
Apartamento
- E agora?
- pensava ele p´ra dentro.

Começou a inventar desculpas:
primeiro a mãe estava doente, depois
ia ao dentista porque
lhe doía o dente.

Os amigos começaram a desconfiar,
Então com ele
Foram conversar

Ele disse que
Tinha mentido,
Porque durante toda a sua vida
Nenhum amigo tinha tido.

Os amigos disseram:
- Não precisavas de ter mentido,
Afinal não é por dizeres a verdade
Que não podes ser nosso amigo.

Com isto ele percebeu
Que a amizade se vai
Construindo, basta sermos nós
Próprios e num instante fazemos logo um novo amigo.

Joana Alves

16 de março de 2011

UMA QUESTÃO GRAMATICAL: VERBO OU NOME?

Reduza a...

PONTOS DE VISTA...OU DE VISÃO!!!!

Mulheres e futebol

UM PAR DE ÓCULOS ESCUROS



Pediram-me para narrar uma história, mas confesso que neste preciso momento, não tenho muita imaginação…
Numa tentativa frustrada para inventar um conto, procurei falar com António Torrado, pois julguei que este perceberia a situação, e como já tinha escrito contos sobre a imaginação talvez fosse a pessoa certa. Falei com a sua assistente, mas não fui muito bem recebida visto que à sua imagem um senhor tão ocupado como este não tinha tempo a perder com pessoas da minha idade, especialmente sobre um tema tão insignificante como aquele que eu queria tratar: a imaginação.
Saí irritada e a pensar o quão limitada devia ser a senhora, e como um escritor de renome no seu perfeito juízo poderia contratar alguém assim… sem ofensa!
Decidi ir passear à beira do Tejo e vislumbrar as pequenas embarcações a flutuar na parte do rio, onde já podemos chamar mar. Aquelas que parecem flores de lótus, tão frágeis que uma pessoa até tem vontade de ali ficar a perscruta-las sem dar tréguas, à espera que talvez um agricultor experiente em ceifar o trigo, tire a vida àquele pequeno ser que tanto luta para viver, e então, boiaria mais uns minutos, até que uma corrente demasiado forte o levasse para as profundezas…
Farta de um ritual monótono fui sentar-me. Estava entretida com os meus “cálculos” e pensamentos, quando alguém se sentou ao meu lado. Quando o fitei percebi que se tratava de um homem de certa idade, com um par de óculos escuros como breu. Girou lentamente a cabeça, o rosto pálido para mim e começou a dialogar:
- Não me digas a tua idade, o teu nome pois isso são somente pormenores que em nada se reflectem na alma… Sei que precisas de algo e acho que mesmo sendo cego te posso ajudar! – disse em tom poético.
Após uma reflexão rápida dos métodos de sobrevivência humana, na escola, perguntei:
- Desculpe, mas por que julga que necessito de ajuda?
- Posso não ver mas sinto. Digamos que tu estás com algumas dificuldades em escrever sobre a imaginação… Tu sabes do que se trata, mas como muitas das vezes preferes coisas pouco alegres, coisas escuras de cores mortiças perdeste-te na questão! Peço que não me faças perguntas, pois apesar de ainda nem todas as questões te tenham surgido na mente, eu já as sei, inclusive as inúmeras respostas que te terei de dar… - referiu num tom melancólico – Agora ouve com atenção: o Passado é uma memória, o Presente uma dádiva e o Futuro uma incógnita. És capaz de me dizer onde encontras a imaginação?
- Talvez no Futuro?! – disse num tom de tentativa erro, mas que na minha cabeça formava uma certa teoria da conspiração e perseguição.
- Lamento mas não! A imaginação encontra-se no passado, pois lembra-te é bom ser-se sonhador, criativo e imaginativo, mas não tenhas crença no sonho, pois sem trabalho árduo nada se torna realidade. Muitas das vezes, a imaginação é como um porto de abrigo para o náufrago, e é aqui que tens o retrato perfeito da imaginação: pensa que és um náufrago, encolhido numa praia de um areal encantador. Levantaste, sorris e… -interrompido como que seu objectivo deixou-se levar…
- … sem um único lamento, e com o vento rude demais para me entristecer, corro ao longo da praia a cantarolar como se me estivesse a libertar de um peso tão profundo que é a vida. Subitamente apetece-me acreditar naquilo que sempre me pareceu ser mais uma das inúteis infantilidades presentes no mundo: por que não crer, que uma heroína ou um detective ser? Por que não me fiar que ali à esquina está um caranguejo a dançar, que provavelmente me poderá ensinar a talvez Hip-Hop dançar? Talvez fazer parte de um jogo de consola a passar de nível em nível, ou aprender inglês com a Dr.ª Ostrich que num reino distante me irá instruir! Posso visitar a Rainha de Copas, só para mudar de cenário ou então salvar o meu país da desgraça; falar com o Primeiro-ministro e umas boas sentenças debitar?!... – a partir daqui continuei incansavelmente, parecia que finalmente encontrara a meta da minha corrida.
Enquanto eu continuava de olhos fechados com um ar sonhador, o meu “mestre” levantou-se, tirou os óculos escuros e colocou-os ao meu lado, no banco de jardim. Depois falou uma última vez, apesar de eu não saber:
- Parabéns, parece que já sabes o que é imaginar… Não abras os olhos por favor, não interrompas o teu raciocínio! – rabiscou qualquer coisa colocou-a ao pé dos óculos escuros. Como poderia ser cego? Afastou-se lentamente com a graciosidade de um ser celestial e finalmente desapareceu.
Quando acabei a minha citação reparei finalmente, que o senhor já não estava ali. Olhei com um certo desdém para os óculos e julguei ter sido enganada, observei-os então ao pormenor: por baixo deles encontrava-se uma mensagem:
“Se por momentos não a conseguires ver, fecha os olhos. No espelho da imaginação tudo acontece como queremos... Coloca os óculos e deixa-te ir, nunca se sabe até onde a viagem te poderá levar…”


Fui para casa redigir esta mesma história, leitor, e devo deixar ao teu critério a continuação do meu conto e o significado dos óculos que eu uso numa noite escura como breu à espera que talvez aquele anjo regresse para me guiar…

Inês Coelho

NO ESPELHO DA IMAGINAÇÃO...


Era uma vez uma menina
Que gostava muito de ler
O seu nome era Sara
E imaginava o que iria acontecer.

Ela lia e lia sem parar
E chegava a fazer desenhos
Para a história ilustrar.

Sara quando lia
Tinha um poder especial
Entrava dentro daquela história
Para talvez beijar um principe real.

Fazia-lhe confusão
Por não ser igual às outras pessoas
Mas com isso não se importava não
Pois Sara usava o poder da imaginação.

Na escola não se tinha de preocupar
Escrevia textos que era uma maravilha
Mas o seu segredo nunca iria contar.

Imaginava tudo e mais alguma coisa
Com tristeza ou alegria
Inventar durante todo o dia
Era o que ela mais queria.

Inventar uma máquina do tempo
Era um dos seus objectivos
Para ver o mundo desde do princípio
Era como viajar nos seus livros.

Para a Sara a imaginação é algo maravilhoso e mágico, pois pode ver o mundo melhor, imaginar e sonhar não tem fim...

Inês Fernandes

NO ESPELHO DA IMAGINAÇÃO TUDO ACONTECE COMO QUEREMOS




Ao canto do meu quarto
tenho uma caixa do tesouro
e o guarda que a protege
é bastante forte é um besouro.
Lá dentro tenho uma coisa,
que ninguém me pode tirar,
lá dentro tenho o truque
para saber imaginar.
Imaginar é uma coisa
que toda a gente sabe fazer,
porque dentro da nossa cabeça
há muitas coisas a acontecer.
Imaginar é numa coisa pensar,
e logo de seguida pelo mundo
dos sonhos começamos a divagar.
Imaginar é sonhar,
é inventar, é perceber,
todas aquelas coisas
que não têm razão de ser.
O segredo que tenho dentro
dessa caixa é muito simples de entender:
se uma coisa não conseguirmos ver,
basta fechar os olhos, porque no espelho da imaginação
tudo aquilo que queremos pode acontecer.

Joana Alves

É URGENTE...



É urgente o arranjo do carro,
É urgente um motor novo.
É urgente destruir as baterias usadas,
e com elas as peças estragadas.
Alguns carros devem ser extintos.
Muitas criações devem surgir...
É urgente inventar o carro perfeito,
Multiplicar os carros ecológicos.
É urgente descobrir um que me leve ao Sol,
E usar apenas meios lógicos!
Cai o silêncio na cidade e o último carro pára de funcionar,
Impura, até ao fim é a marca que estes deixam.
É urgente o mundo reconquistar...
É urgente o carro reinventar!

Inês Coelho
António Pinto

FAZ DE CONTA, FAZ DE CONTA


- Faz de conta que sou saber
- Eu serei o aprender.

- Faz de conta que sou sereia
- Eu serei um manto de areia

- Faz de conta que sou alegria
- Eu serei a fantasia.

- Faz de conta que sou uma turma
- Eu serei o 7ºA
- Em prosa ou em verso
Chegaremos ao fim do Universo.
Faz de conta, Faz de conta.


Carolina Costa
Rafaela Neves

CINCO RAZÕES PARA POETAR



• Poetar faz-me passar da linha da realidade
• Poetar faz-me voar sem sair do lugar
• Poetar faz-me viajar até mais que um lugar
• Poetar faz-me ir à lua e não voltar
• Poetar é aquilo que neste momento, me faz SONHAR!!!


Eis as cinco razões que me fazem gostar de poetar!

Vera Camacho

15 de março de 2011

Coisas da memória

De acordo com a definição do dicionário, memória é a “função geral de conservação de experiência anterior, que se manifesta por hábitos ou por lembranças; tomada de consciência do passado como tal; lembrança; recordação”. Como simples leiga na matéria não me cabe a mim discordar desta (s) definição (ões), apenas divagar no sentido de filosofar ao sabor das palavras.
Pois bem, realmente, a memória é uma função da qual o ser humano é dotado e que vai desenvolvendo ao longo da vida e, às vezes, para o final da curva da sua longevidade parece perder por completo. Só de pensar que podemos não reconhecer a pessoa que viveu ao nosso lado uma vida inteira é deveras assustador. No dia a dia, já consideramos bastante preocupante não saber onde deixámos as chaves do carro ou o telemóvel. Para que esta função se desenvolva é necessário que as experiências se repitam muitas vezes e se tornam hábitos ou…nem por isso: há situações tão dolorosas e embaraçosas que basta experienciá-las uma vez para ficarem registadas para sempre na nossa memória, na obstante a nossa recusa em revivê-las…aqui a memória leva a melhor sobre a nossa vontade. Por outro lado, a simples lembrança de um lugar, uma música, um perfume… transporta-nos para uma viagem pré-programada a determinada parte da nossa memória. É aqui que entram em cena as boas lembranças, as ditas recordações…não é por acaso que dizem que “recordar é viver”.
Ter consciência do passado como tal é, realmente, o que faz com que fique registado na nossa memória. Mas, muitas vezes, reeducamos a nossa memória, chegando a preenchê-la com coisas que não aconteceram ou que não vivemos ou que não somos. Outras, como temos a consciência que algo de errado ou mau aconteceu, recusamos deixá-lo registado na nossa memória. Aqui a expressão “varrer da memória” adequa-se perfeitamente. Também se dá o caso de, às vezes, ser necessário “refrescar a memória”, principalmente para aqueles que se fazem de esquecidos… ou serão desmemoriados?
Isto no que toca à memória resume-se deste modo: todos somos providos de várias gavetas que formam a nossa memória, algumas estão constantemente e conscientemente abertas, outras semi-abertas e outras estão tão bem fechadas, apenas polvilhadas com as mais íntimas recordações que nos moldam (e quiçá toldam) como pessoas.
Mas o melhor de tudo acontece, quando uma dessas gavetas, fechada há muito tempo no recanto mais escondido da nossa memória, se abre ao simples click no computador, na tão afamada rede social que dá pelo nome de facebook.

Sofia Doutel
Dedicado a alguém recentemente resgatado de uma das gavetas bem fechadinhas da minha memória.