"Com palavras tenho asas que me levam a voar com palavras vou tão longe quanto o sonho me levar." José Fanha
18 de novembro de 2009
A RÃ E A VACA
2 de novembro de 2009
A MINHA ESCOLA DE SONHO, INÊS COELHO
Eu acho que a escola é um espaço onde damos asas à imaginação e estabelecemos as nossas metas e onde, ao mesmo tempo, tomamos as nossas árduas decisões. A escola é como um amigo, só há uma escola perdilecta, aquela que nos deseja levar para além dos horizontes, para que um dia me possa mostrar a essa escola. como se de uma pessoa se tratasse, aquilo em que ela me ajudou a tornar, pois é na escola que mais nos desenvolvemos: desde uma simples semente a uma doce e vigorosa flor.
Tudo depende de cada um , mas a meu entender todo o meu percurso fica marcado comigo a escrever uma composição e a sentir a brisa que vem do mar, a paisagem... e naquela redacção, inspirada no mundo do meu meio escolar, dou por mim a viver o meu lado mais sonhador, despreocupado, alegre e preenchido de bons e maus momentos.
Pode parecer que não, mas o clima de sala de aula em que estou, as condições em que trabalho preenchem muito uma infância. Quando me dirijo para o refeitório e, enquanto vou comendo, vou espreitando para o mundo dos mil e um sabores e das cores, e agradeço aos meus antepassados que tanto se esforçaram para encontrar estas comidas maravilhosas que me fazem despertar os cinco sentidos. Tudo o que quero é uma biblioteca recheada de livros, cada um com um cheiro diferente que me fazem viajar até aos quatro cantos do mundo.
Não é necessário a minha escola ser perfeita, mas o mais importante é que ela, para mim, tenha sentimentos, que o meu coração solitário bata e fundamentalmente, que seja aquela amiga...
2 de setembro de 2009
PROFESSORES: VENDEDORES DE SONHOS
24 de agosto de 2009
ERAS LIVRO, BRUNO PEREIRA
Eras livro
Eras livro de encantar
ÀS VEZES UMA PALAVRA, ALICE VIEIRA
ÀS VEZES UMA PALAVRA
Às vezes uma palavra bastava
e as palavras que ninguém quis
e cobriram o teu daquele silêncio imóvel
22 de julho de 2009
Ser como um rio que flui, Paulo Coelho
1 de junho de 2009
VIVAM AS CRIANÇAS!!
22 de maio de 2009
22 DE MAIO - DIA DO AUTOR PORTUGUÊS
20 de maio de 2009
OS AMIGOS (ESSAS PESSOAS TÃO NECESSÁRIAS)
DESPERTAM ILUSÕES E ROSEIRAIS;
QUE COM UM MERO SORRISO NOS OLHOS
NOS CONVIDAM A VIAJAR POR OUTRAS TERRAS,
NOS DÃO A CONHECER TODA A MAGIA DO MUNDO.
HÁ PESSOAS QUE COM UM MERO TOQUE
QUEBRAM A SOLIDÃO, PÕEM A MESA,
SERVEM UM BANQUETE E COLOCAM GRINALDAS;
QUE COM UMA SIMPLES VIOLA
FAZEM UMA SINFONIA CASEIRA.
HÁ PESSOAS A QUEM BASTA ABRIR A BOCA
PARA TOCAR NOS CONFINS DA ALMA,
ALIMENTAR UMA FLOR, INVENTAR SONHOS,
FAZER CANTAR O VINHO DAS PIPAS, COMO
SE FOSSE A COISA MAIS SIMPLES DO MUNDO.
E ASSIM VAMOS DE BRAÇO DADO COM A VIDA,
DESTERRANDO UMA MORTE SOLITÁRIA,
POIS SABEMOS QUE AO VIRAR DA ESQUINA
HÁ PESSOAS ASSIM,
TÃO
NECESSÁRIAS.
SE EU FOSSE POETA...
Se eu fosse poeta
escolheria um caminho
onde cada pedra seria
a metáfora, a comparação.
Se eu fosse poeta
inventaria um outro eu
saíria de mim
e assim não teria de conviver comigo.
Se eu fosse poeta
apenas seria
abdicaria do sentir
para poder viver.
LER É...
LER É APRENDER
APRENDER COISAS NOVAS
APRENDER E PERCEBER O QUE SE LÊ
LER É COMPREENDER
SABER
ENTENDER
LER É AMAR AS PALAVRAS COMO ELAS SÃO
LER É SONHAR
LER É AMAR A VIDA
LER É SABER OLHAR OS OUTROS
LER É DIVERTIDO
LER É APROVEITAR O TEMPO
LER É BOM!
LER É...
E SEMPRE SERÁ
O INÍCIO DE UMA GRANDE AVENTURA!
18 de maio de 2009
DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
4 de maio de 2009
OBRIGADA, MÃE!
29 de abril de 2009
DE QUE MATÉRIA SÃO FEITAS AS MÃES?
23 de abril de 2009
1O RAZÕES PARA ESCREVER PARA CRIANÇAS SEGUNDO ISAAC BASHEVIS SINGER, NOBEL DE 1978
LIVRODEPENDENTE
O nosso saber, a nossa escolaridade, a nossa carreira, a nossa vida social, são uma coisa. A nossa intimidade de leitor, a nossa cultura, são outra.
É importante que se fabriquem bacharéis, licenciados, professores (...), a sociedade precisa deles, isso não se discute... mas é essencial abrir a todos as páginas de todos os livros.
(Daniel Pennac)
A PALAVRA É UMA PEDRA
NO PRÉDIO DESTA PAISAGEM
DEITO CIMENTO
AMASSO
E O MEU PENSAMENTO
CONSTRÓI
O ARRANHA-CÉUS
DA LINGUAGEM.
(José Alberto Marques)
21 de março de 2009
AQUI NO POETA OU POETA ME APRESENTO
AUTOPSICOGRAFIA ( Fernando Pessoa) O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, na dor lida sentem bem, não as duas que ele teve, mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda gira , a entreter a razão, esse comboio de corda que se chama o coração. |
ISTO (Fernando Pessoa)
Dizem que finjo ou minto
tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
com a imaginação
não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
o que me falha ou finda,
é como um terraço
sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
do que não está ao pé,
livre do meu enleio,
sério do que não é.
Sentir! Sinta quem lê!
SER POETA (Florbela Espanca)
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
do que os homnes! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Álem Dor!
É ter mil desejos e o esplendor
e não saber se quer o que se deseja.
É ter cá dentro um astro que flameja,
é ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E, é amar-te, assim, perdidamente...
E seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
PERDIGÃO PERDEU A PENA (Luís Vaz de Camões)
Perdigão perdeu a pena
não há mal que não lhe venha.
Perdigão que o pensamento
subiu a um alto lugar,
perde a pena de voar,
ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
asas com que se sustente;
não há mal que lhe não venha.
Quis voar a uma alta torre
mas achou-se desasado;
e vendo-se depenado,
de puro penado morre.
CHEGOU A PRIMAVERA!
- Meu Deus, mas o que é isto?! - dizes tu, toda confusa.
- É a Primavera que já veio. - digo, toda contente.
- A prima quê?! - não sabias de tal prima.
- Não é prima; é a Primavera.
Abrimos a porta ao tempo novo que voltou. Mais um ano que renasce.
Primavera...Primavera...Primavera.
(Conceição Marques)
A PRIMAVERA É ASSIM
como ela voa airosa!
Passou junto a uma rosa
para acariciar uma borboleta
que nessa rosa estava poisada.
Olha, olha aquele malmequer
que estende os seus braços brancos
prontos a dar a saber quem as quer.
As abelhas vão beijando as flores
nesta estação dos amores
que agora vem de começar.
Dois corações que se adoram
quatro lábios que se devoram.
Que querem?
Primavera é assim!
(A. Fonseca)
RETRATOS E PALAVRAS
para desconvocar a angústia
e aligeirar o medo...
Ama-se a palavra
usa-se a escrita
despertam-se
as coisas do silêncio
em que foram criadas."
(Agustina Bessa-Luís)
17 de março de 2009
OS MOTIVOS PARA DIZER P.S.
Amo-te!
Tenho saudades tuas!
Não te esqueças de mim!
Escreve depressa.
Consegui o emprego!
Estás sempre comigo!
Volta logo!
Tem cuidado!
Já li o livro que me ofereceste. Adorei!
Traz-me chocolates!
16 de março de 2009
Há livros que nos tocam...
como se tivessem mãos.
Há livros que gritam o nosso nome.
Há livros que se tornam nossos confidentes
e partilham connosco segredos.
Há livros que são os depositários das nossas tristezas
e conseguem chegar à nossa alma.
Há livros que partem à aventura
levando-nos como companhia.
Há livros que nos escolhem
para serem lidos.
Há livros que repetem
o prazer da viagem.
Um de muitos foi : "Chocolate" de Joanne Harris.
E o(s) teu(s)?
11 de março de 2009
UMA HISTÓRIA COM PALAVRAS, António Fanha
As palavras estavam para ali muito alinhadinhas mas fartas de estar fechadas nas páginas do livro, sem ninguém que as lesse e as dissesse em voz alto, e lhes permitisse espreguiçarem-se e darem uma voltinha para estender as pernas.
Não é de admirar que um dia, as letras que formavam a palavra borboleta tenham começado a tremelicar, a chocar umas com as outras e, de repente, a palavra borboleta tenha saído do livro a voar.
Atrás dela seguiu a palavra foguetão que não quis ficar para trás e, num instante, entrou em órbita.
Entusiasmada, a palavra canguru saltou de página em página até saltar também do livro para fora.
E muitas outras palavras seguiram este estranho exemplo.
A palavra cavalo lá se foi, naturalmente, a galope. A palavra fervura ferveu e desapareceu numa nuvem de vapor no ar. A palavra gelado derreteu-se. A palavra sapato disse que precisava de umas meias solas e pôs-se a andar.
Cada palavra lá foi andando da maneira que pôde. Mesmo palvras pesads como gordo, ou lentas como caracol, com maior ou menor dificuldade, acabaram por escapar do livro. E foi assim que, a pouco e pouco, as páginas foram ficando em branco e o livro vazio e sem histórias para contar.
No meio daquelas páginas todas só tinha ficado a palavra lápis que se sentiu muito triste ao ver-se ali sozinha.
Por isso, pôs-se a inventar uma história e começou a escrevê-la cheia de palavras redondas, quadradas e bicudas, umas mais magrinhas, outras barrigudas.
E escreveu palavras e palavras a rodo e, assim, acabou por encher de novo o livro todo.
10 de março de 2009
ERA UMA VEZ UM PÁSSARO...
Era uma vez um pássaro. Adornado com um par de asas perfeitas e plumas reluzentes, coloridas e maravilhosas. Enfim, um animal feito para voar livre e solto no céu, e alegrar quem o observasse. Um dia, uma mulher viu o pássaro e apaixonou-se por ele. Ficou a olhar o seu voo com a boca aberta de espanto, o coração batendo mais rapidamente, os olhos brilhando de emoção. Convidou-o para voar com ela, e os dois viajaram pelo céu em plena harmonia. Ela admirava, venerava, celebrava o pássaro. Mas então pensou: talvez ele queira conhecer algumas montanhas distantes! E a mulher sentiu medo. Medo de nunca mais sentir aquilo por outro pássaro. E sentiu inveja, inveja da capacidade de voar do pássao. E sentiu-se sozinha. E pensou : "Vou montar uma armadilha. Da próxima vez que o pássaro surgir, ele não partirá mais." O pássaro, que também estava apaixonado, voltou no dia seguinte, caiu na armadilha, e foi preso na gaiola. Todos os dias ela olhava o pássaro. ali estava o objecto da sua paixão, e ela mostrava-o às suas amigas, que comentavam: "Mas tu és uma pessoa que tem tudo." Entretanto, uma estranha transformação começou a processar-se: como tinha o pássaro, e já não precisava de o conquistar, foi perdendo o interesse. O pássaro, sem poder voar e exprimir o sentido da sua vida, foi definhando, perdendo o brilho, ficou feio - e a mulher já não lhe prestava atenção, apenas prestava atenção à maneira como o alimentava e como cuidava da sua gaiola. Um belo dia, o pássaro morreu. Ela ficou profundamente triste, e passava a vida a pensar nele. Mas não se lembrava da gaiola, recordava apenas o dia em que o vira pela primeira vez, voando contente entre as nuvens. Se ela se observasse a si mesma, descobriria que aquilo que a emocionava tanto no pássaro era a sua liberdade, a energia das asas em movimento, não o seu corpo físico. Sem o pássaro, a sua vida também perdera o sentido, e a morte veio bater à sua porta. "Porque vieste?" perguntou à morte. " Para que possas voar de novo com ele nos céus", respondeu a morte. "Se o tivesses deixado partir e voltar sempre, amá-lo-ias e admirá-lo-ias ainda mais; porém, agora precisas de mim para poderes encontrá-lo de novo." |
ILUSÃO
Era uma vez um camponês gordo e feio que se tinha apaixonado (porque não?) por uma princesa bonita e loira... Um dia, a princesa - vá lá saber-se porquê - deu um beijo ao camponês gordo e feio... E, magicamente, este transformou-se num príncipe esbelto e ataviado. (Pelo menos, era assim que ela o via...) (Pelo menos, era assim que ele se sentia...) |