17 de março de 2013

As aventuras de Júnior e Joana, 8º B, Visão Júnior



Júnior e Joana estavam na aula de Português e leram o poema “Lágrima de Preta” de António Gedeão. Os dois, muito orgulhosos, sabiam agora que as lágrimas das pessoas, de cor ou não, eram iguais. Joana perguntou ao irmão se as lágrimas dos animais seriam também iguais às dos humanos, mas ele não sabia.
No final do dia, iam para casa e no caminho Júnior disse:
- E se falássemos com o tio António e pedíssemos para ir passar o fim de semana com ele?
- Boa ideia, íamos à universidade onde ele trabalha, certamente deve haver um laboratório para investigarmos se as lágrimas dos animais são iguais às dos humanos e levamos o Gão, claro! - disse Joana entusiasmada.
Pediram aos pais, falaram com o tio e na sexta-feira lá foram eles. Quando chegaram a casa do tio decidiram ir de manhã ao laboratório.
De manhã, dirigiram-se ao laboratório e perguntaram ao tio por onde começar. Ele disse-lhes que tinham de ter uma lágrima de um humano e outra de animal. Eles ficaram tristes, pois não tinham nem uma nem outra. O tio propôs que fossem para casa pensar numa solução. Levando três tubos de ensaio, para o caso de as conseguirem.
No caminho para casa, Gão afastou-se e foi ter com um homem desconhecido. Quando olharam, este estava a dar-lhe um pontapé. Gão começou a chorar e Júnior aproveitou para guardar uma das lágrimas dentro de um dos tubos que tinham trazido. Joana, preocupada com o seu cão, começou também a chorar. Júnior tirou da mala outro tubo para recolher uma lágrima dela.
- Às vezes, coisas más trazem coisas boas, já podemos voltar ao laboratório. - disse o tio.
Com a ajuda do tio fizeram as experiências necessárias e conseguiram descobrir o que queriam: as lágrimas dos animais eram iguais às dos humanos.
- Somos uns excelentes cientistas! - exclamaram os irmãos em sintonia.
Festejaram a descoberta na casa do tio. Já sabiam que todas as lágrimas, fossem de pretos, brancos ou de animais, eram iguais!
- Somos todos iguais, abaixo o racismo e quem maltrata os animais! - disse a
 Joana.

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